METABOLISMO DOS LIPÍDIOS
Apesar
da identificação de uma lipase lingual secretada pelas células da base
da língua, não há a digestão salivar dos lipídios devido a não haver um
refluxo para a boca. Dessa forma, a identificação de uma lipase gástrica
provavelmente corresponde àquela secretada pela língua.
Porém,
o PH extremamente ácido do estômago não possibilita a ação integral
desta lipase gástrica, diminuindo a velocidade de sua ação enzimática,
havendo apenas a quebra de algumas ligações de ésteres de ácidos graxos
de cadeia curta.
Em crianças lactentes, entretanto, o pH gástrico aproxima-se bastante da neutralidade o que indica que a lipase gástrica pode ter ação na digestão das gorduras do leite. Esmo assim, esta digestão não é eficiente devido às gorduras não estarem emulsificadas, o que dificulta a ação desta enzima hidrolítica.
Em crianças lactentes, entretanto, o pH gástrico aproxima-se bastante da neutralidade o que indica que a lipase gástrica pode ter ação na digestão das gorduras do leite. Esmo assim, esta digestão não é eficiente devido às gorduras não estarem emulsificadas, o que dificulta a ação desta enzima hidrolítica.
A
ação gástrica na digestão dos lipídios, portanto, está relacionada com
os movimentos peristálticos do estômago, produzindo uma emulsificação
dos lipídios, dispersando-os de maneira equivalente pelo bolo alimentar.
A
chegada do bolo alimentar acidificado no duodeno induz a liberação
hormônio digestivo colecistocinina (um peptídeo de 33 aminoácidos,
também denominado pancreozimina) que, por sua vez, promove a contração
da vesícula biliar, liberando a bile para o duodeno.
Os ácidos biliares são derivados do colesterol e sintetizados no fígado.
São
denominados primários (ácido cólico, taurocólico, glicocólico,
quenodesoxicólico e seus derivados) quando excretados no duodeno, sendo
convertidos em secundários (desoxicólico e litocólico) por ação das
bactérias intestinais. A bile, ainda, excreta o colesterol sanguíneo em
excesso, juntamente com a bilirrubina (produto final da degradação da
hemoglobina).
A
colecistocinina possui, ainda, função de estímulo do pâncreas para a
liberação do suco pancreático, juntamente com outro hormônio liberado
pelo duodeno, a secretina. O suco pancreático possui várias enzimas
digestivas (principalmente proteases e carboidratases) sendo a lipase
pancreática a responsável pela hidrólise das ligações ésteres dos
lipídios liberando grandes quantidades de colesterol, ácidos graxos,
glicerol e algumas moléculas de mono-acil-gliceróis.
Os
lipídios livres são, então, emulsificados pelos sais biliares em
micelas e absorvidos pela mucosa intestinal que promove a liberação da
porção polar hidrófila (sais biliares) para a circulação porta hepática e
um processo de ressíntese dos lipídios absorvidos com a formação de
novas moléculas de tri-acil-gliceróis e ésteres de colesterol, que são
adicionados de uma proteína (apo-proteína 48, ou apo-48) formando a
lipoproteína quilimíocron, que é absorvida pelo duto linfático
abdominal, seguindo para o duto linfático torácico e liberada na
circulação sangüínea ao nível da veia jugular.
fonte: http://www.mundovestibular.com.br/articles/2540/1/METABOLISMO-DOS-LIPIDIOS/Paacutegina1.htmlMárcia Kühn
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