Visitas

Visitas:
contador free

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Abacate, uma fruta completa                   








 Há anos a ciência se dedica a aprofundar o conhecimento sobre o metabolismo dos lipídios no organismo, bem como a composição das variedades de gorduras proveniente de grãos e frutos, além daquelas originadas de animais. Dietas ricas em lipídios de diversas origens (peixe, oliva, girassol, milho, soja, canola, etc) têm sido bastante estudadas. Os resultados das pesquisas apontam para uma influência positiva de alguns tipos de gorduras sob as taxas das lipoproteínas sangüíneas, resultando em proteção do organismo a diversas doenças. O abacate é um fruto originado do continente americano, o abacate é notadamente rico em gordura sendo fonte de ácido oleico e de calorias. Até pouco tempo atrás, seu consumo era vetado para portadores de obesidade, hipertensão arterial, diabetes, dislipidemias, doenças cardiovasculares e outras patologias que estão associadas ao acúmulo de gordura no organismo, devido à inter-relação entre a alimentação e a origem destas doenças. O abacate pode ser encontrado na América Latina e outras regiões subtropicais e tropicais do mundo, sendo que o Brasil ocupa hoje o quarto lugar como produtor deste fruto, antecedido apenas pelo México, Estados Unidos e República Dominicana. Aproximadamente 70% do peso do abacate se refere à polpa do fruto. A composição centesimal média do abacate encontra-se descrito no Fica, evidente que o abacate é fonte de muitos nutrientes, destacando-se as fibras e os lipídeos, além de contribuir com calorias. Mesmo sem poder ser considerado como fonte protéica, o abacate contém quantidades muito superiores às demais frutas neste quesito. Na composição lipídica, a quantidade de ácido oleico se destaca no abacate.

 Esteróis, alcoóis, tocoferóis e carotenos também se fazem presente. Cabe enfatizar que, tanto a variedade como o clima de cultivo podem interferir no teor dos nutrientes do fruto. Dada a relevância do consumo de abacate em dietas de determinados países, incluindo o Brasil, estudos foram feitos, especialmente no México, relatando o papel protetor que os componentes do abacate possuem tanto na prevenção como no tratamento de cardiopatias. Em 1992 foi publicada a primeira evidência científica sobre a eficácia do abacate como fonte de ácidos graxos monoinsaturados em pessoas saudáveis, reduzindo o colesterol total, o colesterol de baixa densidade (LDL) e os triacilgliceróis . Em 1997, foi constatado em pacientes com hipercolesterolemia que, além do consumo do fruto induzir redução nas taxas de colesterol total, LDL e TAG, ele favorece o aumento desejável nos níveis do colesterol de alta densidade (HDL.Os resultados do consumo de dietas compostas por abacate aparecem logo. Após o período de uma semana já ocorre alterações sensíveis nos indicadores lipídicos do sangue. Além disso, já foi identificado que o consumo do abacate influencia também na glicemia. Após quatro semanas consumindo dieta contendo abacate, mulheres diabéticas insulino dependentes, compensadas e sem complicações graves decorrentes da patologia, tiveram redução tanto no colesterol sérico total como na glicemia. O consumo de abacate auxilia no tratamento de doenças crônicas, especialmente nas cardiopatias, diabetes e dislipidemias. Sua composição é nutricionalmente interessante dada as quantidades significativas de ácido oleico, vitamina C, fibras, esteróis e mesmo calorias. Estudos comprovando os benefícios do consumo do fruto a longo prazo ainda são requeridos no sentido de reforçar seu papel terapêutico aqui descrito".Cabe, finalmente, destacar que a introdução regular de abacate na alimentação deve ser feita sob acompanhamento nutricional, dada a elevada densidade calórica do fruto. Caso contrário, indesejáveis quilos podem surgir e, de certa forma dependendo do caso, comprometer a saúde.O abacateiro, pertencente à família Lauraceae, é uma espécie frutífera de porte arbóreo, perene. Devido à sua origem adapta-se muito bem ao clima subtropical, principalmente os cultivares e híbridos das raças mexicana e guatemalense.
http://www.eduardogalletto.com.br/vernoticia.asp?a=vernoticia&n=698

Márcia Kühn

Nenhum comentário:

Postar um comentário