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sexta-feira, 18 de abril de 2014


Manteiga: recomendada por cardiologista e nutricionista

 

Histórico

A manteiga não é uma invenção recente, tem cerca de 3000 mil anos, sendo o primeiro registro que se conhece deste produto datado de 1750 ac, porém os romanos e gregos não a utilizavam na alimentação, mas sim, como ungüento ou medicamento de uso externo. Como alimento, seu uso teve início, provavelmente, na Noruega, durante o século VII, de onde passou para outras regiões do norte da Europa.
Ao longo de todos esses anos o seu fabrico sofreu grandes transformações, deixando de ser um produto artesanal. Esta evolução, longe de diminuir as qualidades da manteiga, contribuiu essencialmente para a sua qualidade, nomeadamente através da introdução de normas de higiene.
No Brasil, a manteiga importada vinha de Portugal no início do século XIX e, segundo os historiadores, toda ela era inglesa, vermelha, salgada e rançosa, necessitando ser lavada antes de ser consumida. Hoje a fabricação de manteiga passou do sítio às indústrias de laticínios, onde é fabricado um produto de qualidade superior, como a manteiga tipo extra, proveniente do creme (nata) pasteurizado.
Definição e composição
De acordo com a Portaria n° 146, “com o nome de manteiga entende-se o produto gorduroso obtido exclusivamente pela bateção e malaxagem, com ou sem modificação biológica do creme pasteurizado derivado exclusivamente do leite de vaca, por processos tecnologicamente adequados. A matéria gorda da manteiga deverá estar composta exclusivamente de gordura láctea”.
Além da alta quantidade de lípides (aproximadamente 80%), a manteiga também é uma importante fonte de vitamina A e, em menor escala, de vitamina D. A vitamina A está presente, aproximadamente, na proporção de 750 μg por 100g e atua na visão, na manutenção saudável da pele e das membranas mucosas, na resistência às infecções, na síntese protéica, na manutenção dos ossos saudáveis, na prevenção da anemia e no crescimento. A vitamina D tem função de promover a absorção de cálcio, de fosfato e causa a liberação de cálcio a partir dos ossos. Sua deficiência pode levar ao raquitismo, suor excessivo na cabeça, retardo na capacidade de se levantar, sentar, ficar em pé, engatinhar e andar; os ossos também podem se tornar friáveis e facilmente se quebrarem.
Os lipídios são importantes macronutrientes da dieta humana, que fornecem às células a energia química armazenada em suas ligações C-H. os lipídios são importantes para o funcionamento de muitos órgãos celulares. Por exemplo, a deficiência de ácido linoléico pode provocar desordens na pele e perturbações no crescimento. Os lipídios são também fonte de vitaminas lipossolúveis, que têm papel importante no crescimento e desenvolvimento dos sistemas reprodutivos e nervoso, assim como na pele e no fígado.

Consumo
 
A manteiga nada mais é do que a gordura do leite. Por muito tempo, atribuiu-se a ela a fama de alimento não saudável, devido à quantidade e qualidade de gordura (ácidos graxos saturados) e de colesterol. Apareceram daí orientações para substituí-la pela margarina e pelos cremes vegetais. Não tardou muito para se descobrir que seus substitutos também continham substâncias (ácido graxos trans) que apresentavam o mesmo comportamento, dentro do organismo, que a gordura da manteiga. Por isso, ambos produtos, devem ser consumidos com moderação e o parâmetro de escolha é apenas o sabor.
A margarina e a manteiga, se usadas moderadamente, podem ser incorporadas a uma dieta saudável. Muitas pessoas, erroneamente, pensam que a manteiga possui mais calorias do que a margarina. Na verdade, ambas têm aproximadamente o mesmo número de calorias e também o mesmo teor de água, entre 16 e 20%. O conteúdo calórico da margarina e da manteiga pode ser reduzido pela adição de água, por aeração, adição de fibras ou por ambos.
A manteiga poderá ser consumida nas quantidades de 20g por dia no adulto e 30g por dia no adolescente e na mulher grávida ou em período de aleitamento, sendo que esta corresponde a aproximadamente metade da quantidade de gordura saturada e colesterol que deve ser consumida ao dia.
Nos desportistas, profissionais ou amadores, a manteiga participa numa dieta equilibrada e é rapidamente metabolizada. Nos seniores é recomendada pela sua fácil digestão e teor de vitamina A. Além disso, pelas suas qualidades gustativas, estimula o apetite.
Um regime hipocalórico pode ser compatível com um consumo diário de 10 g de manteiga.
O alto valor biológico da gordura láctica está vinculada, também, ao conteúdo relativamente alto de vitaminas lipossolúveis presentes.
 
Fonte :http://www.laticiniosaviacao.com.br/curiosidades/manteiga-recomendada-por-cardiologista-e-nutricionista/
 
Márcia Kühn

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