segunda-feira, 5 de maio de 2014
Como identificar dislipidemias em crianças e adolescentes?
O acompanhamento dos hábitos alimentares e a realização de exames de sangue em jejum para a avaliação do perfil lipídico (colesterol total, lipoproteína de baixa densidade [LDL], triglicérides [TG] e lipoproteína de alta densidade [HDL]) são os passos para a identificação e avaliação de dislipidemias em crianças.
Para a faixa etária de 2 a 19 anos os níveis aceitáveis de colesterol total são < 170 mg/dl, os níveis limítrofes são de 170 a 199 mg/dl e são considerados altos quando os valores de colesterol estão ≥ 200 mg/dl. Clique aqui para conferir uma tabela contendo todos os valores de referência dos demais parâmetros do perfil lipídico em crianças e adolescentes.
Diversos estudos observaram que muitas crianças com valores de colesterol total e LDL nos patamares mais altos, permanecem nos mesmos após 10 a 15 anos. Por isso a avaliação do perfil lipídico em fases iniciais da vida é importante.
Dessa maneira, o acompanhamento dietético já pode ser iniciado aos primeiros sinais de alterações no perfil lipídico. A dieta deve ser programada para reduzir a oferta de alimentos ricos em gorduras saturadas (representando < 10% das calorias diárias), colesterol (< 300 mg/dia) e gordura trans, e também aumentar os alimentos que são fontes de fibras alimentares (como as leguminosas, hortaliças e frutas). A criança também deve ser orientada e estimulada a praticar no mínimo 2 horas de atividades físicas por dia e limitar as atividades sedentárias (como assistir televisão e navegar na internet) no máximo de 2 horas por dia.
O profissional da saúde deve fazer uma triagem de outros fatores de risco para a presença de dislipidemias em crianças, como um parente próximo com níveis de colesterol acima ou igual a 240 mg/dl, história familiar de doenças cardiovasculares, ou ausência de história familiar de doenças cardiovasculares mas com fatores de risco presentes (hipertensão, fumo, sedentarismo, obesidade, alta ingestão de álcool, uso de drogas ou doenças associadas com dislipidemia).
A Associação Americana do Coração recomenda que seja feita uma média dos resultados de três exames para fundamentar a melhor opção de tratamento. Segundo esta Associação, o processo de mudança de hábitos deve durar de 6 a 12 meses antes que um tratamento medicamentoso seja considerado.
http://www.nutritotal.com.br/perguntas/?acao=bu&id=573&categoria=4
Francisca Robéria
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